
3 acontecimentos no mundo da política que deram o que falar nesta semana
PL da Devastação aprovado pela Câmara? E o que Trump tem a ver com nossos preços? Bolsonaro com tornozeleira? 👀
semana foi intensa no noticiário político, com decisões e movimentações que podem mexer — e muito — com o nosso dia a dia. De mudanças nas regras ambientais no Brasil a medidas econômicas polêmicas dos EUA, passando ainda pelo ex-presidente Jair Bolsonaro tendo que usar tornozeleira eletrônica. E como navegar no entendimento dessas questões em meio a muitas informações – e até fake news?
A seguir, a CAPRICHO te ajuda a entender o que rolou nos três casos. Caso você queira entrar em uma conversa sobre com amigos, familiares ou até na escola, ou faculdade, esse texto é para você.
1. PL da Devastação foi aprovado na Câmara
Na terça (15), a Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei 1.159/2024, que muda as regras do licenciamento ambiental no Brasil. O texto flexibiliza exigências para que obras e empreendimentos recebam aval para funcionar.
Organizações ambientais criticaram o projeto, dizendo que ele pode aumentar o desmatamento e enfraquecer a fiscalização. Agora, o PL segue para o Senado e, caso seja aprovado, ainda precisa passar pelo presidente Lula, que pode sancionar ou vetar a medida.
Você deve estar se perguntando: “mas, CAPRICHO, porque isso é importante?”. Bem, a gente explica: mudar as regras ambientais – seja quais forem – afetam diretamente as áreas protegidas, os biomas brasileiros e até o combate às mudanças climáticas. E é importante você acompanhar o tema no noticiário – seja na TV, jornais ou até nas redes sociais – porque ele ainda pode gerar bastante discussão nos próximos dias.
No vídeo abaixo, a colunista de meio-ambiente da CAPRICHO, Bárbara Poerner, explica os impactos do projeto:
3. Trump e o “tarifaço” que afeta o Brasil
O Brasil foi surpreendido nesta semana com o anúncio de que Donal Trump, o presidente dos Estados Unidos, poderia aplicar uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros caso o Congresso Nacional não aprove uma lei da anistia que impeça Bolsonaro – e outros acusados de golpe de estado no caso do 8 de janeiro – de ser preso.
A medida seria uma retaliação direta e articulada pelos filhos do ex-presidente, Flávio e Eduardo Bolsonaro, com forte impacto sobre exportações brasileiras para os EUA, especialmente do agronegócio e da indústria de modo geral.
Mais do que uma provocação, a ameaça escancara interferência de outro país nos rumos políticos brasileiros, colocando pressão externa sobre decisões internas da Justiça e do Congresso, e ameaçando a soberania do país.
Esse vídeo – com gatinhos explicando – ajuda a entender o que é a tal da “soberania nacional” que você deve ter ouvido falar muito por aí:
Além disso, a posição de Trump agrava o clima político – que já não está dos melhores, né? – e pode bagunçar relações diplomáticas e econômicas entre os dois países.
Isso porque o Brasil exporta matérias-primas que abastecem indústrias envolvidas nessa cadeia (como soja, minério e aço), e qualquer treta entre potências pode impactar o preço de produtos, exportações e até a inflação por aqui. Em outras palavras: mesmo do outro lado do mapa, a canetada do Trump pode pesar no seu bolso e de outras pessoas ao seu redor.
2. Enquanto isso… Bolsonaro de tornozeleira eletrônica.
Em meio ao chamado “tarifaço”, o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), determinou nesta sexta-feira (18), que o ex-presidente Jair Bolsonaro use tornozeleira eletrônica por descumprir medidas do inquérito que investiga tentativa de golpe de estado. Ele alega que existem fortes indícios de que Bolsonaro pode fugir do país.
A decisão ainda proíbe o ex-presidente de se comunicar com outros investigados — como seus filhos, que estão nos Estados Unidos no momento e se licenciaram de seus mandatos políticos — e exige que ele entregue seu passaporte.
Bolsonaro, que já é alvo de outros processos, negou envolvimento nos atos golpistas, mas a Justiça vem ampliando o cerco contra ele e seus aliados em meio à investigação em curso.
A repercussão foi enorme e tomou as redes sociais, virando até meme da oposição e, também, entre apoiadores do bolsonarismo.
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