Jenna Ortega e Dua Lipa condenam ataques e pedem cessar-fogo em Gaza

Atriz de 'Wandinha' e a dona do álbum 'Radical Optimism', lá em 2023, já tinham assinado carta de artistas pelo fim da guerra entre Israel e Palestina.

Por Andréa Martinelli Atualizado em 29 out 2024, 15h45 - Publicado em 29 Maio 2024, 15h00
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enna Ortega, Dua Lipa e outras celebridades de prestígio internacional como Nicola Coughlan, Kehlani, e Ethel Cain estão pedindo pelo cessar-fogo em Gaza após novas ofensivas de Israel. Nesta semana, o acampamento de refugiados de Rafah – considerada a última trincheira contra o Hamas – foi alvo de ataques e incêndios que deixaram centenas de feridos.

A guerra vêm acontecendo há um tempo, mas agora a situação escalonou e a gente te explica: segundo a agência de notícias Reuters, pelo menos 45 pessoas foram mortas e 200 outras ficaram feridas no ataque em Rafah. As forças israelenses bombardearam a cidade com ataques aéreos e disparos de tanques, disseram moradores aos correspondentes.

Isso indica que, independente do clamor internacional sobre o fim dos ataques, Israel não vai recuar. Mais da metade das vítimas deste ataque em Rafah eram crianças, mulheres e idosos. Vídeos do local que circulam nas redes sociais mostram cenas de completo horror: corpos carbonizados, um homem segurando o corpo de uma criança e fogo saindo das tendas ao fundo.

Não custa lembrar que é preciso ser cético ao consumir informações nas redes sociais sobre a guerra e que também acreditar 100% no posicionamento da sua celebridade preferida pode não ser o melhor caminho. Mas existem famosos que estão se posicionando de forma humanitária e trazendo a discussão para um nível de compreensão engajada da nossa galera.

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Jenna Ortega, em seu Instagram, questionou “onde está a humanidade?”, ao se referir aos ataques em Rafah. “Massas debatem sobre um cessar-fogo enquanto milhares e milhares de crianças continuam a ser massacradas”, escreveu.

Em seu perfil, ela também compartilhou um link para o Fundo de Ajuda às Crianças da Palestina, pedindo “Todos os olhos em Rafah”.

Importante você saber que, em março deste ano, a UNICEF informou que mais de 13.000 crianças tinham sido mortas em Gaza desde outubro 2023, quando o Hamas atacou Israel e matou cerca de 1.200 pessoas – e deu início à guerra.

E esta não é a primeira vez que Ortega expressa apoio à Palestina, viu? Lá em 2022, enquanto ela ainda tinha uma conta no Twitter – inclusive, saudades – ela escreveu:

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“Nunca devemos desistir do povo da Ucrânia, do Iêmen, da Palestina, da Caxemira, do Iraque, da Síria… a lista continua, infelizmente”.

Em 2023, ela assinou a carta Artists4Ceasefire, que pede a libertação imediata dos reféns capturados e um cessar-fogo permanente em Gaza. “Acreditamos que toda a vida é sagrada, independentemente da fé ou etnia, e condenamos o assassinato de civis palestinianos e israelitas”, afirma a carta coletiva. Você pode ler o texto completo aqui, no site oficial da iniciativa.

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Mas Jenna Ortega não foi a única a se posicionar sobre a atual questão em Rafah. Ariana Grande também compartilhou o link de apoio ao Fundo de Ajuda às Crianças da Palestina e, no mesmo dia, Dua Lipa voltou a falar sobre o assunto em suas redes sociais.

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Em janeiro, ela já tinha apelado publicamente por um cessar-fogo em Gaza. Agora,  ao compartilhar a iniciativa Artists4Ceasefire com a hashtag #AllEyesonRafah, ela exigiu novamente um cessar-fogo imediato e permanente.

“Queimar crianças vivas nunca pode ser justificado. O mundo inteiro está a mobilizar-se para parar o genocídio israelita. Por favor, mostre sua solidariedade com Gaza”, escreveu Lipa.

Queimar crianças vivas nunca pode ser justificado. O mundo inteiro está a mobilizar-se para parar o genocídio israelita. Por favor, mostre sua solidariedade com Gaza

Dua Lipa, em posicionamento sobre a guerra

Outras celebridades como Nicola Coughlan, Kehlani e Ethel Cain também se posicionaram contra os ataques ao longo dos meses.

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“Para mim, trata-se sempre de apoiar todas as pessoas inocentes, o que parece simplificado demais, mas acho que é preciso olhar para as situações e apenas pensar: estamos apoiando pessoas inocentes, não importa de onde elas sejam, quem são? Essa é a minha motivação”, disse Coughlan à Teen Vogue em abril.

Ela aproveitou para falar sobre as críticas às celebridades que não se posicionam e a visão de Hollywood sobre elas – no ano passado, Melissa Barrera foi demitida das gravações de Pânico! por se colocar como pró-palestina.

“Dizem a você: ‘Você não vai conseguir trabalho’, ‘Você não vai fazer isso’. Mas eu também acho, no fundo, não desejamos que nenhuma pessoa inocente sofra. Então, não estou preocupada com as reações das pessoas [sobre seu posicionamento].”

Só a formação de um estado Palestino pode acabar com a Guerra

Em outubro de 2023, o mundo ficou chocado ao ver a série de ataques que o grupo extremista Hamas fez contra a população de Israel. Com centenas de mortos, milhares de feridos e outros tantos sequestrados e levados para a região da Palestina, começava ali mais uma guerra – que, na verdade, já dura mais de 70 anos (vem saber mais aqui.)

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De outubro para cá, vimos muita coisa acontecer nesse conflito. O que parecia ter começado como uma retaliação de Israel contra o Hamas, ganhou ares complexos e passou a ser chamado por muitos de “genocídio”. 

E, sim, só a formação de um estado Palestino pode acabar com a guerra. Mas o ponto é que isso depende – e muito – de apoio internacional. Nós já te explicamos esse ponto com profundidade aqui neste texto, mas não custa lembrar que neste mês, Espanha, a Irlanda e a Noruega anunciaram que irão reconhecer o Estado Palestino.

Eles esperam que outros países ocidentais sigam o exemplo e este é um movimento super importante em meio à guerra, que passa um recado diplomático à situação de ambos os lados: é preciso olhar para a questão com viés mais humanitário e menos bélico.

Ao menos 140 membros da Assembleia Geral da ONU, incluindo o Brasil, já reconhecem a Palestina como um Estado. Dos 193 membros, inclusive, 143 deles votaram a favor de incluir a Palestina à ONU, o que só pode ser feito a um Estado.

Agora, nos resta acompanhar se Israel irá ceder à pressão internacional.

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