Os desafios de Cármen Lúcia à frente do TSE

Combate às fake news em ano eleitoral e regulação da inteligência artificial estão entre os principais desafios que a nova presidente do TSE vai enfrentar

Por NAIARA ALBUQUERQUE Atualizado em 29 out 2024, 15h44 - Publicado em 4 jun 2024, 06h00

A ministra Cármen Lúcia assumiu nesta segunda-feira (3) a presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ela ocupará o lugar deixado pelo ministro Alexandre de Moraes. Nunes Marques assumiu a vice-presidência do órgão.

Lúcia assumirá o posto mais alto do TSE em um momento de crescente preocupação com as fake news em contexto político – afinal, neste ano acontece as eleições municipais. Aqui, na CAPRICHO, nós já começamos a nossa cobertura. Inclusive, a importância de jovens, entre 15 e 17 anos, votarem neste momento. Você pode ler tudo sobre isso aqui.

Esta não é a primeira vez que Lúcia presidente o TSE. Em 2012, ela foi eleita a primeira mulher na história a integrar o comando da Corte.

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Quais desafios Cármen vai enfrentar?

O primeiro e principal desafio que Cármen vai enfrentar em sua gestão já começa neste ano. Isso porque em outubro acontecem as eleições municipais em 5,5 mil municípios brasileiros. Caso você não saiba, o TSE é responsável por toda a organização e contabilização dos votos das eleições.

Antes disso, em fevereiro deste ano, Cármen foi relatora de um conjunto de novas regras e normas que vão servir para organizar o pleito deste ano. Lidar com a desinformação e a regulação da inteligência artificial foram alguns dos temas citados. No caso da desinformação, o TSE, assim como tem feito nos últimos pleitos, ficará atento à disseminação de fake news – conteúdos compartilhados principalmente nas redes sociais com intenção de enganar os eleitores.

Mas CAPRICHO, qual a relação entre as eleições e a inteligência artificial? Ora, o TSE proibiu o uso de inteligência artificial para a produção das chamadas deep fakews – que são vídeos produzidos por inteligência artificial com intenção de enganar e confundir. Esse tipo de técnica já foi muito utilizada em eleições passadas – incluindo nos EUA – e deve ser mais regulada a partir de agora, no Brasil.

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Além de tudo isso, recentemente, o TSE estabeleceu como prioridade o cumprimento da chamada ‘cota de gênero’ pelos partidos. Atualmente, os partidos são obrigados a alcançar um percentual mínimo de 30% de candidaturas femininas nas eleições.

 

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