Veja quais foram as obras de arte restauradas após ataques de 8 de janeiro

Entre elas, está um quadro de Di Cavalcanti que foi depredado com de sete facadas durante atentado à praça dos Três Poderes, em Brasília (DF).

Por Andréa Martinelli 9 jan 2025, 06h00
O

dia 8 de janeiro ficou marcado como um dos maiores ataques à democracia já vividos no país. Ontem, em evento especial no Palácio do Planalto, o governo ressaltou a importância do fortalecimento da democracia e apresentou 21 obras de arte que foram restauradas após serem depredadas durante os ataques em 2023.

 

O relógio trazido ao Brasil por dom João 6º em 1808 e uma ânfora, um vaso, foram os primeiros itens reapresentados ao público presente. Segundo o governo, o relógio foi restaurado na Suíça, sem custos, e chegou ao Planalto na véspera. Ele pertencia do relojeiro de Luís 15, e existe apenas mais um outro deste, exposto lá em Versailles, na França.

 

Houve também a reapresentação da obra As Mulatas, de Di Cavalcanti – artista super importante para o modernismo brasileiro. O quadro foi rasgado em sete lugares em 2023 e, segundo o Planalto, seu valor estimado é de R$ 8 milhões.

De acordo com o Planalto, foi criado uma espécie de laboratório para especialistas trabalharem nas obras. A recuperação das obras para o acervo presidencial foi feita por meio de parceria entre Iphan, Universidade Federal de Pelotas (UFPel) e Diretoria Curatorial dos Palácios Presidenciais (DCPP), entidades especialistas em patrimônio histórico.

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Restauradores trabalham em grupo montado no próprio Palácio da Alvorada para recuperar obras após ataques de 8 de janeiro. Mariana Alves/Iphan/Divulgação

Veja a lista divulgada pelo governo de obras que foram restauradas após os ataques:

Obras restauradas pelo acordo entre Iphan e UFPel

  • Idria (Majolica Italiana) – vaso cerâmico;  
  • Galhos e Sombras  – escultura em madeira de Frans Krajcberg (artista polonês, naturalizado brasileiro); 
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  • O Flautista – escultura em metal de Bruno Giorgi (artista brasileiro); 
  • Vênus Apocalíptica Fragmentando-se ) – escultura em metal de Marta Minujín (artista argentina); 
  • “Bird” – Guache sobre papel, de Martin Bradley (artista inglês); 
  • Retrato de Duque de Caxias (atribuído) – Oswaldo Teixeira (artista brasileiro); 
  • Mulatas à mesa (atribuído) – Emiliano Di Cavalcanti (artista brasileiro). 
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  • Músico 01 (Pentíptico 1) – conjunto de cinco telas de Glênio Bianchetti (artista brasileiro); 
  • Músico 02 (Pentíptico 2) – conjunto de cinco telas de Glênio Bianchetti (artista brasileiro); 
  • Músico 03 (Pentíptico 3) – conjunto de cinco telas de Glênio Bianchetti (artista brasileiro); 
  • Músico 04 (Pentíptico 4) – conjunto de cinco telas de Glênio Bianchetti (artista brasileiro); 
  • Músico 05 (Pentíptico 5) – conjunto de cinco telas de Glênio Bianchetti (artista brasileiro); 
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  • Cena de Café – Clóvis Graciano (artista brasileiro); 
  • Borboletas e Pássaros (atribuído) – Grauben do Monte Lima (artista brasileira); 
  • Rosas e Brancos Suspensos – José Paulo Moreira da Fonseca (artista brasileiro); 
  • Casarios – Dario Mecatti (artista brasileiro); 
  • Paisagem do Rio – Armando Viana (artista brasileiro); 
  • “Cotswold Town” (pintura abstrata) – John Piper (artista inglês); 
  • Pintura “Sem título” – Dario Mecatti (artista brasileiro); 
  • Matriz e grade no 1º plano – Ivan Marquetti (artista brasileiro). 
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